terça-feira, setembro 27

Grandes amigas


O que define uma grande amiga não é o tamanho e não é o tempo.
O que define uma grande amiga é a maneira como ela te olha, te vê, te reconhece.
Uma grande amiga nunca erra seu presente. Ela sabe o que tem a sua cara, o que é exatamente do seu número, e às vezes acerta tão na mosca que te dá alguma coisa que você, por ansiedade é claro, já se deu.

Uma grande amiga tem a delicadeza de investir tempo se preparando porque daqui a pouco é seu aniversário. Seja indo quinhentas vezes até uma loja de sapatos pra ver se a sandália que era a sua cara já chegou no seu número (que ela sabe direitinho qual é), seja gravando um CD com as músicas que você gosta, seja escrevendo um post maravilhoso pra você, seja deixando todo mundo pendurado no trabalho porque ela simplesmente TINHA que almoçar com você e te dar um abraço apertado, além de uma aquarela que ela mesma pintou.

E quando você olha uma grande amiga, no almoço ou no jantar do seu aniversário, rindo, se divertindo, e tem a sensação de que ela está feliz, você entende porque dizem que a amizade é um coração em dois corpos diferentes!

segunda-feira, setembro 19

Grande Efeito Moral

Como diz minha querida Ju Geve, algumas coisas são "providências simples de grande efeito moral". Verdade. Sábado fiz um risoto. De funghi. Com "riso arborio".
Ficou perfeito!

Não sei sobre efeito moral, sei sobre efeito NA moral. Estou me achando uma great chef of Santo Amaro.

Mesmo quando...


... você não quer mais.
Mesmo quando as diferenças são incontestáveis e as incompatibilidades gritam.
Mesmo quando as coisas tinham hora e lugar pra acontecer.

Mesmo assim, todo fim dá uma tristeza....

quarta-feira, setembro 14

Doce...

Sevilha, Espanha. Moça brasileira passeia com moço luso.

- Aqui em Sevilha não há doces sem açúcar como há tantos no Brasil! Eu quando lá estive, impressionei-me muito com isso. Aqui os doces todos têm açúcar. No Brasil não.
- É. No Brasil há muitos doces sem açúcar. Diferente das mulheres, que temos todas muuuito açúcar.
- Pá! As mulheres daqui também têm muito açúcar!!!! Eu estava a falar dos doces!!!

Feira de Ciências

Era a maior expectativa. Dia de Feira de Ciências era nossa festa da colheita. Era dia de lavar o cabelo e secar pra ficar bonito, de chegar na escola às sete da manhã pra arrumar tudo e só sair de lá quando estivesse anoitecendo. Era dia do pai engraxar os sapatos da gente, da gente ligar pra vó cedinho pra saber se ela ia também, e avisar que a nossa equipe estava na sala 5, no lado esquerdo de quem entra.

Depois era forrar as mesas com papel crepom e colocar o babado, também de papel crepom. No início, a gente prendia o papel com tachinha nas mesas, mas depois não podia mais, então a gente usava rolinhos de durex, que não eram tão legais, porque sempre descolavam ao longo do dia.

Pregar os cartazes na parede, feitos com cartolina colorida, a borda feita de durex colorido cheio de bolhas, as folhas de papel ao maço pra pegar a assinatura de todo mundo que fosse lá (e falsificar a de todo mundo que não fosse) e depois comparar com as outras equipes, e ver quem tinha feito mais sucesso.

Quase todo mundo usava aparelho nos dentes. Todo mundo começava a abordagem dos visitantes com a clássica "Quer explicação?". Claro, todo mundo queria. Quem é que ia dizer pra uma criança ansiosa e de aparelho nos dentes que não queria explicação???

Então a gente desandava a falar, e no final esticava o papel: Assina aqui por favor. Provavelmente, eram as duas únicas frases que o público entendia.

Alguns trabalhos estavam lá ano após ano, em versões diferentes: Filtração. Decantação. A fazenda de formigas. O vulcão de papel machê com lâmpada vermelha dentro. O bendito trabalho sobre o aparelho reprodutor que a gente olhava de soslaio e dava risadinhas.

Eu me lembro de ter feito dois que ficaram fenomenais.

O primeiro chamava-se "O calor dilata os corpos" e era um sucesso! Um fio de cobre sobre uma bandejinha de metal onde a gente acendia o fogo. Quase encostado no fio, um pedaço de cartolina em pé, com um espelho, preso com uma dobra, parecia uma portinhola. Apontando para o espelho, uma lanterna cuja pilha acabou trocentas vezes e lá ia meu pai comprar pilha nova. E na frente disso tudo, uma cartolina branca. A gente acendia o fogo, o fogo esquentava o fio de cobre, o fio de cobre crescia, mexia no espelho e SHAZAM! Mudava o foco da lanterna na cartolina! tinha gente que até falava "ooh". ERA GENIAL!


O outro foi o espetacular trabalho sobre a Antártica, que incluiu uma maquele fabulosa feita com isopor e gesso sobre a mesa da cozinha da minha avó. O pai desmontou a mesa, levou pra escola, montou a mesa lá, a gente forrou de pael crepom lindo azul cobalto, montou a maquete, botou o gesso. Além disso, tinha slides da lousa com imagens de lá, amostras de Krill num vidro emprestado do Instituto de Oceanografia da Usp, fotos de focas e de pinguins. É claro que depois que a feira acaba, a maravilhosa maquete vira um tafanário que ninguém tem onde guardar, e eu PRECISAVA desocupar a mesa da cozinha da minha avó. Uma lástima.

Depois disso, esperar pela nota, pelos comentários e querer MATAR a professora de ciências porque deu 8, e deu 9 praquela equipe que nem tava todo mundo lá, e eles ficaram comendo coxinha da cantina em cima do trabalho. Oras...

É isso. Assina aqui, por favor.

segunda-feira, setembro 12

Negação


Chama-se "Negação" o bote salva-vidas em que a gente embarca muitas vezes, com o objetivo de tornar nossa vida mais vivível.

Eu nego mesmo. E me adoro negando. Nas coisas mais corriqueiras, minha tendência a negar se manifesta. Aposto que você também faz isso. Quer ver?

Sei que estou em processo de negação quando:

- Ignoro completamente o saldo da conta bancária, só pra não ver o sinalzinho de menos na frente, NEGANDO que estou no NEGATIVO (!!!).
- Levo três semanas para avisar ao Departamento Pessoal da empresa que minha assistente pediu demissão e vai me abandonar com as planilhas todas;
- Fico olhando a programação da Royal Caribbean, fazendo planos (mais uma vez NEGANDO o NEGATIVO da conta).
- Arranco as etiquetas das roupas, pra não ver o número que está escrito nelas.
- Não subo na balança.
- Pago as coisas com cartão de débito, e não com o dinheiro que tenho na carteira (esse um dia acaba!).
- Fico aqui no escritório até às nove da noite escrevendo esse post, pra não lembrar que não tenho nem água na minha geladeira...

FENG SHUI NO JARDIM

Às vezes a gente fica feliz que só com as plantinhas que nascem no nosso jardim.
Mas erva daninha ocupa um espaço danado, não dá pra plantar orquídea e a gente fica com um jardim assim, sonso, sem flor.

Bora carpí!

Sobre foras


Ouvi essa frase na sexta sobre foras, pés-na-bunda, términos, dispensadas, e não pude deixar de passar adiante:

"Há foras que são verdadeiros elogios".


(crédito pro Capi, QUE NÃO TEM UM BLOG).

sábado, setembro 10

Sedentária é a...

Tô com o saco MUITO cheio de ser classificada como sedentária. Aliás, acho que estou cansada de eu própria conferir a mim mesma esse rótulo(credo, ficou hrrível essa frase).

Ontem, nove e tanto da noite, eu voltando do Rio de Janeiro,tava pensando sobre isso. Sentia-me fisicamente esgotada, e pensava: "isso é porque sou muito sedentária". Então o avião balançou (malditos, balançam sempre, pelo menos sempre que eu estou a bordo) e acho que minhas idéias se acomodaram.

Tenho levantado cedo. Dou um jeito na casa, só onde passa o padre, afinal é só ele que anda passando por aqui mesmo. Pego 24 km de Marginal pra ir trabalhar. Congestionamento quase sempre. Chego no escritório às nove e já fiz um monte de coisa. Lá, ando pra cima e pra baixo, em cima do salto. Duas, três vezes por semana, vou ao Rio. Paro meu carro no PÉSSSSSSEEEEMOOO estacionamento de Congonhas, abro o porta malas, tiro a famigerada pasta de leiautes e a pastinha com o notebbok, que não é um Vaio então tem lá seu peso.

Boto a pasta no chão, fecho a tampa do porta malas, ando do estacionamento até o check in da Varig, literalmente na outra extrmidade do aeroporto, em cima do salto e carregando as duas pastas. faço o check in. Ando de volta para a extremidade anterior e subo ao sguão de embarque. Ando até o portão, ainda em cima do salto e carregando duas pastas. Embarco.

No avião, acomodo as duas pastas e me sento. Meus músculos se contraem, e ficam assim por 37 minutos. Desembarco, de salto e pastas. Ando até os taxis. Embarco num, aviso que a corrida é só até a Candelária e o motorista fica puto. Acelera loucamente, e meus músculos se contraem novamente.

Desço do taxi e atravesso o larguinho da Canadelária, todinho de paralelepípedos, em cima do salto com as duas pastas.

Reuniões todo o tempo, e meus músculos parecem que não vão descontrair jamais. Na volta, a mesma coisa PLUS o tráfego aéreo de CAGONHAS e os pés que já não aguentam mais os saltos.

Atravesso tudo de volta, entro no meu carro, e um pouquinho de trânsito até a agência ou minha casa.

Estou um caco. Meu corpo dói, meus braços sobrecarregados com o peso do notebook, meus pés judiados pelas andanças de salto.

Meu corpo foi exigido, e está cansado.

Sedentária é a puta que o pariu.

sexta-feira, setembro 9

Favor e Ira

- Oi querida, preciso te pedir um favor.
- Oi, diga.
- Mas quero que você fique à vontade pra me dizer que não, caso não possa fazer tá?
- Tá.
- É o seguinte: domingo tenho um compromisso às sete e meia da manhã e queria saber se posso dormir na sua casa. Você sabe, não tenho frescura, em qualquer cantinho me ajeito.
- CLAARO QUE PODE! Vou arrumar o quartinho de hóspede pra você.
- Ai que bom! Mas pode mesmo? Tem certeza de que não vou te atrapalhar?
- De jeito nenhum! Só não tenho travesseiro, você se importa em trazer um?
- Hum, na verdade, é complicado.... porque pra levar o travesseiro, eu teria que passar na minha casa antes, e ficar carregando o troço pra todo lado. Você não tem mesmo nenhum que possa me emprestar?
- Não tenho, só tenho o meu?
- E você não pode me emprestar esse? É só por uma noite, eu tenho problema no pescoço, não posso dormir sem travesseiro....
- É que travesseiro é uma coisa tão pessoal né?
- Menina, a gente é praticamente família, acha que eu vou me importar em dormir no seu travesseiro? Você põe uma fronha limpinha nele e tá ótimo. Sabe que eu me ajeito em qualquer cantinho.
- Sei. Vou tentar passar no Extra e comprar um então.
- Olha, não quero te atrapalhar. A gente tem liberdade uma com a outra pra dizer que não, né?
- É...
- Tem certeza de que não vai te atrapalhar?
- Tenho.
- Então. Eu tenho que estar do outro lado da cidade às oito. Então temos duas opções. Ou eu deixo de comer pra poder pagar um taxi, que Deus me livre, como são caros os táxis em São Paulo, ou você me daria uma carona até lá...
- DOMINGO ÀS OITO DA MANHÃ???
- Não, às oito não. Às oito já teria que estar lá faz tempo, porque quero chegar com antecedência pra poder bater papo com o pessoal, faz tempo que a gente não se vê... Aí eu pensei que se a gente saísse da sua casa quinze pras sete seria perfeito.
- Quinze pras sete? De um domingo?
- Isso. A gente acordava umas cinco e meia...
- CINCO E MEIA?
- É.
- Por quê, pelamor?
- Pra gente poder tomar café da manhã. Eu não consigo começar meu dia sem tomar uma boa xícara de leite fervido e um suco de laranja espremido na hora. Sabe que suco tem que ser espremido na hora, senão perde todas as vitaminas, né?
- Sei.
- Então estamos cominadas. Puxa, obrigada viu! Que bom poder contar com as pessoas!
- Não foi nada.
- Mas olha, não se preocupe com nada viu? Eu me ajeito em qualquer cantinho...
- É, tô vendo.
- Um beijo querida até amanhã.
- Até...
(...)
- Ai que bom que você atendeu!
- O que aconteceu? São duas horas da manhã....
- Sabe o que eu tava pensando? Em vez de suco de laranja, acho que vou preferir um suco menos ácido, talvez de melancia. É que eu bebi muito hoje, e você sabe como meu estômago é sensível.
- Eu não acredito que você me acorda no meio da madrugada pra trocar o cardápio do café da manhã de domingo.
- É que eu não quero dar trabalho, detestaria chegar domingo de manhã e te avisar em cima da hora pra trocar o suco. De repente você nem ia ter melancia em casa.
- Olha, foi bom você ter ligado. Vou fazer uma cirurgia no final de semana, então não vou poder hospedá-la.
- Ué, mas o que tem a ver uma coisa com outra?
- Eu vou ficar internada, não vou estar em casa.
- E não pode deixar a chave?
- Posso, mas quem vai te levar?
- Não pode deixar a chave do carro TAMBÉM?
- Meu carro? E como vou pro hospital?
- Ah, deixa pra lá tá? A gente tem liberdade suficiente pra dizer as coisas uma pra outra, não tem? Então vou dizer: tô muito magoada com a sua má vontade. MUITO. Não precisa se incomodar mais. Vou pra outro lugar, pode deixar.
- Vai pra outro lugar? Então aproveita que em qualquer cantinho você se ajeita, e vai tomar no cu.

quinta-feira, setembro 8

A Temperança

"Íris, deusa do arco-íris, representa a Temperança, boa e misericordiosa, muito embora sua bondade não seja piegas ou simplesmente sentimental.
Está intimamente ligada à função do sentimento, que é diferente daquilo que chamamos de emoção, pois esta é uma reação visceral a uma situação, ao passo que aquele é a escolha refletida de um afeto.

A função do sentimento é uma constante variação entre os opostos, uma cuidadosa percepção das necessidades de uma situação específica com o objetivo de atingir a harmonia. Por isso, Íris derrama sem cessar água de uma taça para outra porque o sentimento precisa fluir constantemente para se renovar de acordo com as necessidades de cada momento.

Entretanto, sua finalidade principal serve aos propósitos do âmago feminino mais que aos do masculino, e quaisquer que sejam as reações mutantes do fluxo até mesmo a raiva e o conflito , a meta será sempre a cooperação, a harmonia e um relacionamento melhor.

A Temperança indica a necessidade de um redirecionamento no fluxo dos sentimentos e dos relacionamentos. Íris, a guardiã do Arco Íris, recomenda a harmonia e a cooperação como condições necessárias a um bom relacionamento ou a um casamento feliz. É que nesse momento, somos desafiados a equilibrar nossos corações." (Juliet Shaman-Burke e Liz Greene)

terça-feira, setembro 6

Forgive me Father...

... for I have sinned.

Sim, pequei. E não foi pouco. Enumerei aqui os principais, pro senhor não se perder.

1 - Eu descobri agora que consigo postar imagens no meu Blog sem a complicação toda do Hello. Então carreguei na mão e as imagens têm substituído desde ontem bem mais que mil palavras cada uma.

2 - Eu me envolvi numa relação lúdica e esqueci de consultar a outra parte sobre isso.

3 - Comi sobremesa hoje ( e ontem, e anteontem, e é provável que coma amanhã).

4 - Sim, eu cobiço. Cobiço os dotes culinários da Ju, cobiço os versos do Marcelo Almeida, cobiço o texto Toca Troca do Léo, cobiço as lentes cor de rosa da Clau, cobiço a clareza da Lu, o livin la vida loca do Xu. Cobiço mais coisa e mais gente, padre, mas o senhor não entenderia (acho que o Senhor também não).

5 - Eu cobiço a vida de quem tá na praia, em algum lugar do mundo, neste exato momento.

6 - Eu terei (muita) vontade de rir quando minha cliente me disser, lastimosa, que foi transferida pra Bósnia, ou pra Bagdá. Ou Tonga, que dizem que é bem legal.

7 - Tô aqui pensando como é que posso dar um chega pra lá numa amiga que tá querendo comer no mesmo prato que eu. NÃO VOU DEIXAR O PRATO PRA ELA. Sinto muito.


E tem gente que ainda acha que eu sou mas buena que Lassie.

P.S.: Amém.

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Véspera de feriado não é feriado.

Conforte-me com Migalhas




É, eu sei. O livro é Conforte-me com Maçãs. Mas a vida real, caros amigos, não oferece maçãs assim à regalia. Vêm as migalhas, e com elas nós, as Poli-Anas, nos deleitamos.

Nenhuma de nós pede muito. Não queremos mais nem comida, diversão e arte. Queremos reciprocidade, a medida exata do que oferecemos. Queremos proatividade, que nada mais é do que saber vocês querem tanto quanto nós, e não apenas respondem aos nossos apelos. Queremos companhia, queremos afeto, queremos troca, queremos dormir de conchinha.

Nenhuma de nós pede mais que isso. Vejam! Nem é mais preciso que vocês sejam super homens, que nos mantenham, nos sustentem, carreguem sozinhos todo o peso da casa e da relação. Agora, vocês já podem chorar. Já podem dizer que não sabem, não conseguem, não entendem (mas não podem usar isso como desculpa pra falta de atitutde).

O que nós pedimos não é muito, e nem por isso o que oferecemos é pouco. Nós nos qualificamos, nos preparamos para vocês. Queremos ser mulheres cada vez melhores... e estamos cada vez mais sozinhas...

E cada vez mais com a sensação de estarmos sendo confortadas com migalhas. Será que tem MESMO que ser assim??

segunda-feira, setembro 5

O fato da vida...




... é que os homens não foram feitos para serem desvendados.

sexta-feira, setembro 2

E AGORA JOSÈ

Tem um homem liiiindo me chamando pra jantar na casa dele.

E AGORA??

quinta-feira, setembro 1

JULIAAAANOOOOO

Novo link no blog e no coração da Lala!

Espetacular Le Croquer Monsieur, do meu amigo de longas datas Léo.