segunda-feira, janeiro 30

Pra começar o dia...


Toca meu ramal aqui na agência.

- Andrea, seu lanche.
- Oi Solange!

domingo, janeiro 29

Telefone que não toca...


Fazer o quê né?

sexta-feira, janeiro 27

Sites de Encontros - Epílogo

Sim, eu já fiz propaganda. E sim, já incentivei amigos e amigas em diversos segmentos a fazerem um cadastrinho.

Sim, já conheci gente legal. E sim, já apareceu um monte de gente nada a ver.

E sim, eu mesma já disse algumas vezes que é "apenas uma amostra do universo".

Só que depois de tanto email de homem casado, compromissado, enrolado, endividado, mal alfabetizado, mal educado, mal remunerado e outros ados, a gente para e pensa.

É mesmo uma amostra do universo, só que no mundo "real", não estamos expostas a um universo desses. É como se a gente ficasse parada no Largo Treze, dando conversa pra qualquer um que se aproxima.

Eu quero é o olho no olho. Nada de email, nada de messenger, nada de nada. Olho no Olho, como sempre deveria ter sido.

terça-feira, janeiro 24

Matemática Humana




"Quem tem um, não tem nenhum" - a Vó, sobre sapatos.

"Quem tem dois, tem um" - teoria da segurança de sistemas.

"Quem tem 3, pode ficar com pelo menos um" - Uma amiga adepta do multi-tasking.

"Quem não tem nenhum, não tem nenhum mesmo" - Lala, sobre o que quer que seja.

segunda-feira, janeiro 23

Holandesa!

- Preciso te contar uma coisa.
- O que é?
- Eu virei uma vaca.

Ele olhou pra ela, desconfiado. Numa amizade desse tamanho, ninguém mais faz tipo. Intimidade é uma merda.

- Olha, se bem te conheço, tô até imaginando...
- É sério. Eu virei uma vaca, devoradora de homens.
- O que você acha que fez e que te transformou numa vaca.
- Eu saí com um, depois saí com outro porque precisava tirar o foco desse um. Aí, acabei beijando o outro, e fiquei com medo que o um visse, mas o um não telefona, não aparece, não nada, e o outro marca em cima, quer sair sempre, todo dia toda hora, e beijar sempre.
- Hmmm.
- Hmm, quê? Sou uma vaca, não sou? Eu sabia! Virei uma vagabunda.

Ele riu. Uma mulher tão esperta e descolada, não tinha noção de com quantos beijos se faz uma vaca.

- Mas você gostou?
- Do quê?
- Do beijo?
- De qual beijo? Do um ou do outro?
- Dos dois.
- Gostei. Pior que gostei.
- Do um ou do outro?
- Dos dois.
- Prometeu fidelidade, exclusividade, amor eterno e quatro filhos lindos pra algum deles?
- Não!
- Então tá tudo certo. Beija mesmo.
- Mas e se o um quiser sair comigo de novo?? O que eu falo pro outro?
- Não fala nada. Se der sobreposição de agenda fala que "hoje não é seu dia". E pronto. Sai com quem quiser, com quem gostar.
- Gostei dos dois. Eu sou uma vaca, tá decidido.

Ele não falou mais. Ela parecia feliz em se achar uma vaca, então resolveu deixar. Era uma vaca junior, quase uma Lassie. Ele torceu, amigo que era, pra que os tais beijos dessem certo pra ela. Ou com um, ou com outro, tanto faz. Mas que dessa vez dessem certo.

A Vó e a Pinga





Domingo à noite, muito calor, saímos pra comer pizza. A vó, contrariando tudo e todos como de costume, foi junto. Acho que foi sua primeira saída noturna em muito tempo, depois de tanta internação, coração, avc... Comemos pizza, tomamos água tônica Diet, nos divertimos muito. Na saída, subimos por uma rampa, já que com escada ela não pode mais. Lá pelas tantas, deu uma cambaleada e eu segurei o braço dela:

- Ô vó, tá bêbada?
A vó riu, e disse que sim, que era a Marvada Pinga!
Eu ri também, e fomos subindo a rampa, devagarzinho, cantando a Moda da Pinga, rindo.

Chegando no final, comentei com a vó:

- Quem vê pensa que a gente bebeu mesmo vó... as duas cambaleando e cantando a Marvada pinga.

E a vó responde:

- Se eu morrer amanhã, você vai ter história pra contar.

Eu, que não sou besta nem nada, tratei de negociar:

- Ai vó, amanhã não... amanhã tenho reunião, é chefe novo, não posso faltar!

Ela concordou: tá bom, amanhã não.

E assim vamos indo. Negocio com ela, negocio com Deus. Mas com 92 anos, sei que minha margem está ficando apertada.

Então, a gente faz que bebe e canta enquanto der!



Moda da pinga
(Ochelsis Laureano e Raul Torres)

Co'a marvada pinga é que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dô meus taio
Pego no copo e dali num saio
Ali mesmo eu bebo, ali mesmo eu caio
Só pra carregá é queu dô trabaio, oi lá!

Venho da cidade, já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando
Chifrando os barranco, venho cambeteando
E no lugar que eu caio já fico roncando, oi lá!

O marido me disse, ele me falô
Largue de bebê, peço pro favor
Prosa de home nunca dei valor
Bebo com o sor quente pra esfriá o calô
E bebo de noite que é pra fazer suadô, oi lá!

Cada vez que eu caio, caio deferente
Me arço pra trás e caio pra frente
Caio devagar, caio derepente
Vou de currupio, vou deretamente
Mas sendo de pinga eu caio contente, oi lá!

Pego o garrafão é já balanceio
Que é pra mor de vê se tá mesmo cheio
Num bebo de vez por que acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio, oi lá!

Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo vai pinga na goela, oi lá!

Eu fui numa festa no rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me deram pinga pra mim bebê
Já me deram pinga pra mim bebê, tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Aí eu fui pra casa de braços dado
Ai de braço dado ai com dois sordado
Ai, muito obrigado!

quarta-feira, janeiro 18

Querido Léo,




Há oito anos, o U2 veio pro Brasil. Fez um show no Rio, lá em Jacarepaguá (e eu cantando Jota Quest o tempo todo:"jacarepaguá é longe pra caramba! Jacarepaguá só se estiver na Barra..") e dois no Morumbi.

Antes disso, meses antes, fui mandada pra Dublin. Fui ver lá in loco, na terra dos moços, o que era a tal POP MART TOUR.

Achei o show tudo de bom. Tocaram TUDO o que eu queria ter ouvido. Voltei pro Brasil enlouquecida, apaixonada, me achando a rainha da cerveja preta porque tinha visto o que o Brasil só ia ver meses depois.

Então, começou a maratona. Meu trabalho na ocasião fez com que eu me envolvesse até o último fio de cabelo carapento nessa Tour. Foram meses de muito trabalho, muitas negociações. Vamos transmitir o show do Morumbi ao vivo. Podemos transmitir e reprisar uma única vez, mas não podemos manter as gravações e nem ultilizar versões ao vivo de faixas isoladas. Podemos entrevistar, podemos fotografar, podemos e devemos promover. Trabalhei como uma moura, dedicada, apaixonada, uma verdadeira gueixa do showbiz.

Então, o show no Autódromo de Jacarepaguá, que era longe pra caramba. Final de janeiro, o sol judiou mesmo da gente, o asfalto ainda mais. Eu, que já tinha visto o mesmo show na Irlanda, descobri que não era o mesmo show, e que a diferença estava no público. A diferença eram 90 mil brasileiros que por 20 anos esperaram para ver Bono, Larry, Adam e The Edge ao vivo.

Depois voltamos pra cá, e a trabalheira toda no Morumbi. Mais sol de Janeiro, mais calor, mais noventa mil brasileiros em cada um dos shows, o T vermelho da Transamérica nos balões, em todo o Morumbi, colado no peito de cada pessoa que entrava lá.

A organização do show deixava a desejar, mas nem de longe vi o que ando vendo agora. Quem queria, comprava ingresso na C&A, lojas aos montes, fila nenhuma.

Da outra vez, eu tinha uma coleção de credenciais. Entrava e saía e ninguém nem me perguntava aonde eu ia.

Eu vou de novo dessa vez, Léo. Apaixonei-me demais há oito anos pra não ir, mas me doeu mesmo o esquema de comprar ingresso por meios escusos, ou ficar na fila 20 horas e talvez nem conseguir....

Só que quando a gente ouve The Edge começando New Year´s Day, e sente o Morumbi tremer literalmente sob nossos pés, vale a fila, valem os métodos escusos, vale tudo. Tomara que você consiga querido. E então vamos juntos!!!

domingo, janeiro 15

Um romântico idiota


Ele largou tudo por um amor que se mostrou impossível. Depois, apaixonou-se no meio da rua, virou o mundo e encontrou sua musa, e disse a ela que o tinha inspirado.

Ele está disposto a cuidar de uma mulher que ame se ela ficar doente, e sabe que não mediria esforços para estar com ela.

Seu coração sensível fica machucado, e ele se pergunta por que os rudes não sofrem por amor.

Eu fico muito orgulhosa porque ele é meu amigo, e peço aos anjos que o convençam que não, ele não é um romântico idiota.
´
Querido, você é uma preciosidade. Tomara que todas nós encontremos homens que sejam metade do que você é.

sexta-feira, janeiro 13

Olha o Aviãozinho





Eu tenho medo de avião. Aliás, medo não. Paúra me parece ser uma palavra que define melhor a sudorese, o desconforto, a tensão muscular e a - vá lá - dor de barriga que me acomentem sempre que tenho que voar.

Ainda assim, eu me considero uma moça corajosa. Passo por isso tudo, mas não deixo de fazer o que é preciso. Detesto, mas faço.

Entre todos os vôos que fazem parte do meu repertório, acho que a Ponte Aérea é o que há de pior. Sim, você vai dizer que é uma bobagem, que a ponte aérea deveria ser o menor dos males, afinal é só meiorinha....

Só que essa "MEIORINHA" é um Best Off. Sofrimento concentrado. Nos vôos de média/ longa duração, há um momento em que relaxo. O avião alcança altitude de cruzeiro, o piloto desliga o aviso de atar cintos, estabiliza o bicho, e eu fico lá, curtindo as cadeirinhas mais estreitas que o quadril, a comida maravilhosa, a sensacional leitura de bordo.

Mas na Ponte Aérea tem disso não. É praticamente só pouso e decolagem. Assim que termina a tensão da decolagem, já começa a do pouso. São quarenta minutos ininterruptos com as mãos cravadas no braço da tal cadeirinha, as costas decalcadas no assento QUE PERMANECE NA POSIÇÃO VERTICAL, a respiração curtinha que não vem nem até o decote.

A vida só começa a melhorar outra vez quando soltam a gravação: we´re now on our final approach for landing at Congonhas Airport in São Paulo. Please put the backrest of your seat in the upright position, make sure your tray table is folded up and your seat belt is fastened.

E logo depois: sejam bem vindos a SP, são x horas.

Não precisava nem ser São paulo. Tanto faz onde você chegou, desde que as rodas toquem o solo.

Com isso tudo, sou obrigada a discordar da Tam, que diz que eu nasci pra voar, e da Gol, que pergunta pra que viajar de outro jeito se eu posso voar.

Não nasci com asas, mas com pernas. Acho que isso quer dizer alguma coisa.

quarta-feira, janeiro 11

Ó, é assim, ó

Recebi isso por email, de uma amiga que, ao contrário do que eu imaginava, tem muito tempo livre nas mãos. Publico na íntegra, sem retoques!


A quem interessar possa:
Desde o começo desta história, a nossa equipe de reportagem investigativa estava desconfiada da versão fornecida pela sedutora autora do Fala Lala. Assim, sem que ela soubesse, mandamos alguns repórteres à paisana à paradisíaca Punta Cana e flagramos imagens inéditas, exclusivas e reveladoras da nossa musa se dando bem.
Abaixo, a foto sem retoques da opulenta embarcação de Mark Thelonius Alphonsus Constantinoplus Dupont, o greco-canadense de 1,95 de altura que arrebatou o coração da nossa estrela.
Em breve, mais fotos altamente comprometedoras. Aguardem.


terça-feira, janeiro 10

Welcome to Kubanadá - Part I

Então estava lá. Depois do reveillon, depois das sete ondas puladas a muito custo, depois das duzentas horas de viagem. Entregue ao dolce far niente, com uma cuba libre do lado, deitada na praia, não sabendo se me incomodava com o sol forte do Caribe ou o vento, fresco e insistente, que soprava sem parar.

Sinto minhas costas começando a arder, e vejo que a combinação de sol forte e vento do Caribe é muito perigosa para esta cara pálida que vos fala.

Clau dorme. Ainda deitada de bruços, pego o protetor solar e começo a me contorcer para passá-lo nas costas, mas é muito esforço, tem lugar que a gente não alcança. É então que alguém tira o frasco das minhas mãos, e, sem dizer palavra, começa a passar a loção nas minhas costas, no meu pescoço.

Viro para olhar e lá está ele, com um sorriso imenso de ponta a ponta, olhos mais azuis que o mar. Fico sem graça, e ele nem se move.

- Hi, I´m Mark.

- And I´m....

- I know who you are. Have been watching you ever since you got here yesterday.

Começamos a conversar. Mark me conta que era fazendeiro no Canadá, vida dura porque o frio castiga todas as lavouras. Conta também que perdeu os pais ainda menino, e que teve que se fazer sozinho na vida. Conforme fala, vejo que tem uma tristeza no olhar, apesar do sorriso largo e da expressão doce.
O sol está mesmo forte, então Mark me convida para nos sentarmos à sombra. Vai até o bar e volta com champagne, e ficamos ali, conversando e bebericando na praia.

Mark conta também que as coisas começaram a melhorar quando encontraram petróleo na fazenda perto de Calgary, e ele descobriu que havia Petróleo também nas outras cinco. Conforme ele fala, vai se entusiasmando e os olhos ficam mais azuis, e o sorriso ainda mais largo.

Pergunto a ele se também enfrentou a maratona de avião/ kombi/ Canela para chegar lá, e ele sorri, aponta a praia. "Não, vim no Brazilian Lady of My Life" - e aponta o gigantesco iate onde está escrito "LALA".

Foi uma semana maravilhosa. Mark abandonou o golf e esteve comigo 24 horas por dia. Mostrou-se um cavalheiro, um excelente massagista, um homem absurdamente delicado para seu metro e noventa e cinco. Fiquei nas nuvens.

Estamos agora vendo como vai ser o futuro. A vida no Canadá é mais promissora, mas Mark tb considera morar no Brasil, porque não quer que eu me distancie da minha família.

That´s it.


Obra de ficção, só feita pra apaziguar a lombriga romântica da Ju geve!

segunda-feira, janeiro 9

Sejamos Justos


Nem tudo é Canela em Kubanacán!

Breve Diário de Bordo - Bienvenida a kubanacán parte 2



Então você entra na Van. Kombi ou similar. O motorista da unha comprida no dedinho se chama CANELA, usa óculos espelhados e liga o som. Foi dada a largada para a maratona de merengue, versões de axé em ritmo de merengue, e canções cafonas de amor em ritmo de merengue.

Canela, o condutor, dirige como um animal. Acelera, buzina, breca com violência. De vez em quando, passa a mão na nuca e coça o pescoço, a unha do dedinho gritando como se fosse de neon....

Emoções violentas por todo o trajeto. São três horas e meia de Mônaco, ops, Santo Domingo até Punta Cana. Estrada ruim, pista simples, cheia de curvas. Chega uma hora em que você nem liga mais. Depois de uma noite sem dormir e muuuitas horas de vôo, escala no Panamá e o escambau, você só quer mesmo é chegar no hotel, tomar um bom banho quente, comer, dormir.

Opa! Eu disse chegar no hotel, tomar banho, comer e dormir?

Desculpe. Era chegar no hotel, descobrir que sua reserva não está feita e não tem vaga, ser transferida pra outro hotel que não considera o voucher pré pago e solicita que você deixe um open voucher como garantia com seu cartão de crédito.

Kubancán não é uma obra de ficção. E qualquer semelhança, foi cara de pau mesmo.

sábado, janeiro 7

Breve Diário de Bordo - BIENVENIDA A KUBANACÁN

Então depois de estar no aeroporto às 3 da manhã, pegar um vôo de sete horas até o Panamá, descobrir que o aeroporto internacional de Tucuman, Pucuman, ou sei lá o que man, vulgo HUB DAS AMERICAS, é nada diferente do terminal Jabaquara, e mais um vôo de duas horas e meia até Santo Domingo, EIS QUE CHEGO EM KUBANACÁN. Ops! Eis que chego na República Dominicana.

Eu SEI que cheguei na República Dominicana. ESTÁ ESCRITO "República Dominicana" em toda parte, inclusive nos uniformes militares de milhares de homenzinhos de metro e meio com bigodinhos de centímetro e meio. Mas ainda assim paro de vez em quando pra checar, porque tenho a sensação de ter desembarcado em Monte Carlo.

Não, o Aeropuerto Internacional LAS AMERICAS não está cheio de chiques e famosos. Não é por isso. Você também não vê posters da Grace Kelly all over.

Explico. No avião, a tripulação te dá um papelzinho pra preencher e entregar na imigração. Quando você chega na imigração, o papel não é aquele. O Juan que está na cabine te dá um outro formulário, após olhar toda a sua documentação PLUS seus peitos, te manda preencher o outro troço (sair da fila, preencher e voltar pra fila).

Muito bem. Depois do segundo papelzinho preenchido, vem outro Juan olhar a coisa toda. Esse não olha os peitos. Ele olha nos olhos quando diz que precisa ir ao Brasil aprender Samba e arrumar uma mulher linda brasileira. Faço cara de paisagem, a Clau já está com a dela desde que ouviu FIU FIU de funcionários do aeroporto.

Dito isso, ele me avisa que temos que pagar um cartão de Turista, lá atrás. Na verdade, já tínhamos que ter pago, mas o outro Juan não avisou. Saímos da fila, vamos lá, pagamos dez dólares cada pela tarjeta e voltamos pra fila.

O Juan então carimba nossos passaportes, deseja uma boa estada, e lá vamos nós. Pra outra fila, pra mala passar pelo Raio X. DEPOIS QUE VOCÊ JÁ VOOU. Foi então que comecei a achar que estava em Monte Carlo. Todos os cuidados são justificados, afinal de contas você pode querer se aboletar no principado de Mônaco, sua índia terceiromundista! Mais fiufius, mais fila. Clau recebe uma proposta de ir viver em Miami com um tipo sem cabelo e de bermudas. Não aceita e nem agradece.

Saímos finalmente. Na rua, um calor infernal, um monte de gente querendo te pegar pelo braço, pela perna, pela bunda. E um cidadão com uma plaquinha nos aguardando para seguir viagem rumo a Punta Cana. Ele tem a unha do dedinho comprida. O Carro é uma van com os bancos cobertos por passadeiras.

Isso, definitivamente, não é Monte Carlo.