Fuck Buddies

Hoje um amigo querido me explicava o conceito de Fuck Buddies. Ou, "amigos com direitos" como ele diz.

Funciona assim: você tem na sua agenda um amigo (ou dois, ou três, ou quinhentos e vinte e sete) com quem você não tem nenhum vínculo romântico e nem tampouco pretende ter. Mas é alguém cuja pele se entende com a sua, a química é perfeita e a mecânica, arrebatadora.

Não há cobranças, porque toda vez que você se encontra com um Fuck Buddy, é única. Um encontro com um Fuck Buddy funciona no presente, não é planejado e não pressupõe continuidade. Uma história entre fuck buddies é uma sucessão de contos, não uma novela. Tudo começa e termina no mesmo episódio.

Parece tudo muito simples, mas não é. Algumas regras devem ser observadas, pra não haver confusão. Por exemplo: o vínculo entre Fuck Buddies é pragmático. Não pode ser emocional, não pode ser romântico. Tem que ser prático e claro, e as duas partes devem estar de acordo que aquilo é, digamos, uma relação lúdica.

Dizem as revistas masculinas que não se deve NUNCA telefonar pra um (a) fuck buddy no dia seguinte. Eu acho que pode. SEMPRE E QUANDO está tudo às claras. Aí o telefonema do dia seguinte funciona como um aditivo, uma cerejinha no bolo e não uma promessa de uma história diferente.

Uma relação assim lúdica tem benefícios que ninguém questiona. Nesse tempo de tanta gente avulsa, é legal poder ter alguém pra mexer com a libido, a energia vital, deixar a pele sedosa e os cabelos brilhando... Diz esse amigo que, sem compromisso, todo mundo se solta mais, aproveita melhor o momento.

O que acontece às vezes é que tem gente que faz freela e quer ser efetivado. Aí é uma porcaria, nego fica lá abanando a carteira de trabalho, implorando por um carimbinho... que nunca vem. E assim Fuck buddies acabam quase sempre se tornando fucking buddies...