quinta-feira, dezembro 9

Tempo e Critério




Minha mais que querida amiga Clau postou um pensamento em seu Facebook que me fez refletir. Ela disse: Ser velha é ver a matéria sobre o Rock'n'Rio 2011 e em vez de pensar "puxa, cada banda legal!" pensa "não vai ter banheiro suficiente e nem limpo, estaciono onde? não tem lugar pra sentar, se chover vai virar um charco, fora o calor que faz no RJ em novembro"

Fiquei pensando que é assim mesmo que funciona. Morumbi, só mesmo pelo Paul McCartney, que nem U2 me motiva mais. Fiquei pensando que gosto mesmo é de cadeira marcada, de preferência confortável e num ambiente com ar condicionado. Gosto de garçons educados e comida de boa qualidade. Gosto de manobrista no local!

Antigamente, eu topava qualquer parada. O primeiro show do paul McCartney a que assisti foi no Marcanã lotado, e fui pra lá de ônibus, com todos os carimbos da Funais a que tive direito. Assisti ao show e voltei, de ônibus, madrugada adentro, pra chegar em São Paulo só de manhã. Veja, eu tinha menos de vinte anos. Hoje não sei se toparia um programa assim.

Não porque estou velha, mas porque já conheço coisas diferentes. Quando eu estava no fim do colegial, tomava vinho branco da carrafa azul e achava tao bom. Hoje, meu repertório se expandiu e eu já sei que o vinho branco da garrafa azul não é tão bom quanto eu pensava. Tomava vinho tinto qualquer um e vamos embora. Hoje, sei quando ele está quente demais ou gelado demais. Se eu tivesse tido esse repertório aos vinte anos, teria sido mais "picky" aos vinte. E não seria velha, seria?

Clau, darling. Vamos pedir champagne, um bom champagne, em taça flute de cristal pra celebrar. Não só nossa juventude, mas também o privilégio de termos tido acesso a um repertório que só nos tornou melhores! Tin tin!

2 comentários:

Fernando Barrichelo disse...

Ficar velho é uma questão cronológica apenas. Já ganhar experiência não, precisa pegar ônibus e andar descalso.

Cláudia disse...

Bora! Pode ser hoje? bj