terça-feira, janeiro 10

Welcome to Kubanadá - Part I

Então estava lá. Depois do reveillon, depois das sete ondas puladas a muito custo, depois das duzentas horas de viagem. Entregue ao dolce far niente, com uma cuba libre do lado, deitada na praia, não sabendo se me incomodava com o sol forte do Caribe ou o vento, fresco e insistente, que soprava sem parar.

Sinto minhas costas começando a arder, e vejo que a combinação de sol forte e vento do Caribe é muito perigosa para esta cara pálida que vos fala.

Clau dorme. Ainda deitada de bruços, pego o protetor solar e começo a me contorcer para passá-lo nas costas, mas é muito esforço, tem lugar que a gente não alcança. É então que alguém tira o frasco das minhas mãos, e, sem dizer palavra, começa a passar a loção nas minhas costas, no meu pescoço.

Viro para olhar e lá está ele, com um sorriso imenso de ponta a ponta, olhos mais azuis que o mar. Fico sem graça, e ele nem se move.

- Hi, I´m Mark.

- And I´m....

- I know who you are. Have been watching you ever since you got here yesterday.

Começamos a conversar. Mark me conta que era fazendeiro no Canadá, vida dura porque o frio castiga todas as lavouras. Conta também que perdeu os pais ainda menino, e que teve que se fazer sozinho na vida. Conforme fala, vejo que tem uma tristeza no olhar, apesar do sorriso largo e da expressão doce.
O sol está mesmo forte, então Mark me convida para nos sentarmos à sombra. Vai até o bar e volta com champagne, e ficamos ali, conversando e bebericando na praia.

Mark conta também que as coisas começaram a melhorar quando encontraram petróleo na fazenda perto de Calgary, e ele descobriu que havia Petróleo também nas outras cinco. Conforme ele fala, vai se entusiasmando e os olhos ficam mais azuis, e o sorriso ainda mais largo.

Pergunto a ele se também enfrentou a maratona de avião/ kombi/ Canela para chegar lá, e ele sorri, aponta a praia. "Não, vim no Brazilian Lady of My Life" - e aponta o gigantesco iate onde está escrito "LALA".

Foi uma semana maravilhosa. Mark abandonou o golf e esteve comigo 24 horas por dia. Mostrou-se um cavalheiro, um excelente massagista, um homem absurdamente delicado para seu metro e noventa e cinco. Fiquei nas nuvens.

Estamos agora vendo como vai ser o futuro. A vida no Canadá é mais promissora, mas Mark tb considera morar no Brasil, porque não quer que eu me distancie da minha família.

That´s it.


Obra de ficção, só feita pra apaziguar a lombriga romântica da Ju geve!

7 comentários:

Anônimo disse...

E aí, que eu já tinha dado boas risadas com os dois primeiros episódios dessa narrativa.
E aí que estava ficando tristinha porque as férias da minha amiga talvez não tivessem sido tão boas.
Aí que vi a imagem do paraíso.
Depois a narrativa do que poderia ser "o" encontro de 2006.
E aí que fiquei aqui babando e quase caí da cadeira! Poxa, Lala, como assim? Em Kubanacan nada de gringos gentis? Mande mais!
Beijocas :o)

Ana Téjo disse...

Ora, tolinha, não seja modesta! Não precisa esconder, que a gente é amiga, não tem inveja, fica super feliz por você.
Eu seeei que você é low profile, que não gosta de contar vantagem, eu seeeei que achou que a história das fazendas ia ficar meio "over", mas "yes". We believe! Eu sabia que você ia se dar bem!
Depois, não esquece de contar dos irmãos do Mark...
Beijos,
JU...

Ana Téjo disse...

E não esquece de contar que você abandonou o Canela e voltou ao Brasil por mar, no iate dele!
Foi por isso que atrasou um pouquinho, né?
JU...

Cláudia disse...

Aaaahhhhh boooommmm!!!
Achei que tinha dormido tanto que tinha perdido essa parte da viagem.
Quem sabe não foi isso mesmo que aconteceu????

Lala disse...

Dormido tanto???? você????????

Luciana disse...

IMAGINA, CLAU, VC, DORMINDO TANTO....
AHAHAHHAAH
AHAHAHAHAH
AHAHAHAHHAHA
AHAHAHAHHA
AHAHAHAH
bjs

mc disse...

nossa, confesso que me deixei levar pela sua descrição do encontro. já estava suspirando qdo percebi a brincadeira. Fui enganada!!!