Desvios
Ontem na cerimônia de entrega do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, Viviane Senna falou sobre os desvios que estão desviando o futuro desse país.
Sim, educação é a solução. O Japão sabia disso, a Coréia do Sul sabia disso, a China sabia disso, a Índia sabia disso. Só quem não sabe é o Brasil.
Disse a Viviane que nosso país é muito rico. Mas o desvio de verbas do que seria fundamental para o que é altamente suspeito é absurdo.
Uma jornalista da Paraíba premiada fez a denúncia: no ano passado, o estado da Paraíba DESVIOU 174 milhões de reais que eram destinados à educação. Imaginemos a diferença que um dinheiro desse faz num estado como a Paraíba.
Cento e setenta e quatro milhões de reais, que desviados, desviaram o curso de milhares de crianças.
A gente precisa parar de desviar os olhos disso.
7 comentários:
Vamos imaginar que o Estado tivesse 174 mil crianças em idade escolar.
São mil reais por criança, em um ano. Parece pouco, frente às mensalidades de escola particular que pagamos, mas representa muito, uma vez que os recursos são potencializados quando usados em conjunto.
É nadar de braçadas contra a corrente iniciativas privadas que priorizam a educação. Ainda bem que sempre há aqueles que se dispõem a isso, seja ajudando uma criança, seja ajudando um milhão.
Christóvam Buarque, ex-reitor da UnB, foi, na minha opinião, um dos melhores governadores que Brasília já teve.
Apesar da opinião de uma tia do meu ex de que adianta os postos de saúde terem remédios e material para curativos, médicos trabalhando e coisas assim se as paredes estão precisando de uma pintura. Pois é....
Bem, na gestão do Chistóvam foi instituída a bolsa-escola, na qual cada familia que mantivesse as crianças na escola, com máximo de dois dias de falta por mês, não cumulativos, receberia 100 reais por mês (isso há 10 anos)
continua...
O governador seguinte, Joaquim Roriz, responsável pela construção daquela ponte maravilhosa da foto que está no meu blog, suspendeu o pagamento dos 100 reais e passou a dar no lugar material escolar.
A alegação era que as famílias usavam muitas vezes o dinheiro pra comprar cigarro, cachaça etc.
Ao que o Chistóvam Buarque replicou: não me interessa o destino desse dinheiro, me interessa é que com a perspectiva de ganhá-lo, os pais mandam os filhos pro colégio e não os deixam faltar aula pra ficar pelas ruas.
continua...
Agora me digam, do que uma cidade precisa mais? De uma linda ponte favorecendo os moradores do bairro mais rico da cidade ou de um programa bem sucedido que mantinha as crianças dentro da sala de aula?
De um posto de saúde com médicos obrigados a comparecer no trabalho, remédios disponíveis, equipamentos que funcionam, ou de um posto de saúde sem nada disso, mas com as paredes lindamente pintadas de uma cor fashion?
A linda ponte custou o preço de três, e é chamada por alguns de "peru no pires" (gente maldosa). Foi construída com o dinheiro da saúde. Muitos morreram por falta de remédios para câncer, pressão alta, hospital decente. Ah, é uma cópia de uma passarela japonesa...mas lá o cacife é outro.
Os desmandos aqui em Brasília são profundamente revoltantes.
Bjs. Rosana.
Constrangedor ter que depender de ONGS para garantir o trinômio comida - saúde - educação.
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